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28/03/2012

Moita Metal Fest 2012

É já no final desta semana que terá lugar mais um Moita Metal Fest, evento organizado pelos Switchtense com apoio da CM da Moita.
O festival terá este ano a sua nona edição, e com um bem recheado cartaz, demonstrando que a organização tem-se esforçado em fazê-lo crescer a bom ritmo de ano para ano.
Será um fim de semana de peso para os que tenham a oportunidade de ir à Moita. O evento terá lugar na Sociedade Filarmónica Estrela Moitense, no âmbito da Quinzena da Juventude da Moita.

Os Ancient Horde terão o privilégio de abrir as hostilidades na noite de Sexta Feira. Também da margem sul, os Shadowsphere vêm apresentar o último trabalho "Inferno". De Coimbra chegam os Midnight Priest, para apresentar o seu primeiro álbum de estúdio. Poderão também presenciar o regresso a Portugal dos espanhóis Noctem (que marcaram presença no último Metal GDL), que mostrarão o recém lançado Oblivion. Dos  Switchtense espera-se um concerto bem especial, uma vez que vão aproveitar a ocasião para comemorar o seu 10º aniversário, tendo já a banda adiantado que vão ter convidados a cantar com eles, nomeadamente membros dos Grankapo, For The Glory e Seven Stitches, bandas com as quais partilharam o palco na Lions Unleashed Tour.

No Sábado haverá ainda muito mais para ver (e ouvir), arrancando os espectáculos a meio da tarde, com mais uma banda que participou (à semelhança dos Ancient Horde) no recente concurso de bandas da Ultrasound Studios Moita, os Dark Oath (de Soure). Os lisboetas Göatfukk trazem na bagagem o acabado de lançar "Procession of Forked Tongues (EP)". Um dos nomes incontornáveis do hardcore nacional são os Overcome, que vão destilar o power do novo "Make It True", também acabado de lançar. De Sintra para o mundo vem o death metal experimental dos Concealment, perfeitamente demonstrado no bem cotado "Phenakism"(2011), sobre o qual incidirá uma boa parte do alinhamento da banda. E com isto ainda vai o dia a meio ...
Provavelmente já de noite ainda poderão presenciar à apresentação pelos minhotos The Ransack do seu death metal melódico, ainda com o álbum "Bloodline" (2011) bem fresquinho. 
Também com álbum novo para mostrar, "Dawn of the Sociopath", vêm de Vila Nova de Gaia os Echidna
Quem tem andado muito activo são os Gwydion : os vikings portugueses actuaram recentemente em Benavente e vão fazer a primeira parte dos concertos de Korpiklaani em Lisboa e no Porto. Entretanto vão  certamente trazer a festa à Moita. 
Para fechar esta edição do festival teremos duas bandas históricas : os "ultra brutal death" GROG vão revisitar os seus vinte anos de carreira, bem como mostrar o recente "Scooping the Cranial Insides"(2011); e os míticos Mata-Ratos que tão boa recordação nos deixaram no último Metal GDL, e que vão testar se o pessoal tem mesmo fôlego para tanta e tão boa oferta musical.

Programa : (mais info na página do evento no Facebook)
- Sexta-feira, 30 de Março, 21h00
SWITCHTENSE / NOCTEM / MIDNIGHT PRIEST
SHADOWSPHERE / ANCIENT HORDE
- Sábado, 31 de Março, 16h00
MATA RATOS / GROG / GWYDION / ECHIDNA /THE RANSACK
CONCEALMENT / OVERCOME / GOATFUKK /GATES OF HELL
DARK OATH /ANOTHER DAY WILL COME (substituem os Last One Standing)


Os bilhetes custam 5 euros por dia, pelo que há menos uma desculpa para quem esteja a pensar baldar-se :).
Uma excelente iniciativa é que em ambos os dias será levada a cabo uma recolha de bens alimentares (arroz, massa, enlatados, cereais, etc) e roupa, para diversas instituições de apoio social do concelho.


Promo vídeo :

12/03/2012

R-Evolution Fest@Paradise Garage - 10/03/2012

O Paradise Garage, um espaço onde já ocorreram no passado concertos míticos e por onde já passaram bandas de renome internacional, voltou a abrir as portas para um festival de Metal, desta vez com Ramp e Hang The Traitor como cabeças de cartaz.

O R-Evolution Fest deveria ter ocorrido no passado dia 3 de Março, mas foi cancelado após uma auditoria em cima do acontecimento, demorada e que, por falta de uma autorização, não permitiu que o evento acontecesse (ver nota em rodapé) . As centenas de pessoas que aguardavam no exterior foram informadas desse mesmo cancelamento cerca de duas horas após a hora prevista para abertura das portas. Foi com este peso na memória que o evento, reagendado para dia 10, abriu as portas mas desta vez apenas a algumas dezenas de pessoas que com o decorrer do tempo acabou por ultrapassar a centena.

Foi às 21h30 que o evento começou com a primeira banda em palco, Brain Dance. A banda de quatro elementos fez o seu concerto de apresentação oficial num festival alternativo em Março de 2009 e desde então tem tocado em bares de Lisboa e Margem Sul. Agora, três anos depois, regressam a um festival, desta feita no Paradise Garage. Tiveram grande intensidade em palco e boa performance. A garra do vocalista Teen Asty e os riffs de guitarra num ambiente trash foram uma boa escolha para dar início à noite.

Set List:
Inheritance
Arab Spring
Dicease

A segunda banda, Tales For The Unspoken, é uma banda de cinco elementos oriunda de Coimbra. Estão actualmente em digressão a apresentar o seu álbum de estreia Alchemy e começaram com um tema desse mesmo álbum, There You Stand. O gutural de Marco Fresco encheu imediatamente o espaço, intenso e profundo. Foi de notar a energia e presença em palco mostrando que os temas têm mais impacto ao vivo que na gravação original. No tema N’Takuba Wena, conseguiram transmitir a profundidade dos cantos índios como se uma tribo estivesse em palco. Terminaram com Say My Name.

Set List:
There You Stand
Possessed
Unto the Breach
N’Takuba Wena
Say My Name


My Enchantment a banda que veio do Barreiro, foi a terceira a pisar o palco. Após uma pequena Intro, começaram a tocar o tema Beneath Your Wings, mas quando Pedro, o vocalista entrou e se dirigiu à frente do palco o feedback provocado pelo microfone foi um factor que diminui o impacto pretendido do início do concerto. A segunda voz, feita pelo teclista esteve sempre um pouco baixa e por vezes era imperceptível. Durante o decorrer do concerto foram continuamente puxando pelo público, mas este estava demasiado tranquilo para corresponder. Apesar dum gutural um pouco monocórdico, sentiu-se a intensidade e a vontade de transmitir a energia que a banda sentia em palco. Tocaram Nemesis (cover de Arch Enemy) na perfeição e sentiu-se a resposta por parte do público. Terminaram com Someone Else’s Nightmare.

Set List:
Beneath Your Wings
Infection
Dead By Sunrise
So Blood Became Wine
Hate Spiral
Wretched Memories
Nemesis (Arch Enemy cover)
Machinery
Someone Else’s Nightmare

Quando os Hang the Traitor abriram o concerto a energia que emanou do palco foi contagiante. Havia cordas de enforcamento penduradas no topo do palco, alusivas ao nome da banda assim como o próprio vocalista Demon que trazia uma corda mais pequena pendurada ao pescoço e um taco de basebol. A banda da margem Sul de Lisboa e composta por cinco elementos demonstrou em toda a sua participação energia e uma fantástica prestação musical. Começaram com First Blood e a partir daí foi uma sequência de energia que mesmo no tema Rotten, com a saída de Demon do palco para o meio do público, não conseguiu provocar a reacção pretendida e merecida. A meio da sua performance tocaram ainda uma versão de Oi Tudo Bem? (Garotos Podres) e terminaram o concerto com Destrói.

Set List:
First Blood
Your Evil
Rotten
Leech
Hallucinate
Oi Tudo Bem? (Garotos Podres cover)
Wonderfull World
Six
Massacre
Destrói

Foi chegada a vez de Ramp subir ao palco e dar por terminado o R-Evolution Fest. A banda que já tem mais de vinte anos de carreira e que ainda em 2010 participaram e partilharam o palco com os Hail no Rock In Rio Lisboa, foi sem dúvida a banda que impulsionou os presentes para a frente do palco quando a Intro de Blind Enchantment se fez ouvir. Neste concerto a banda não pôde contar com o seu baixista Caveirinha e no seu lugar esteve Sales, que fez uma excelente prestação. Entre o tema Insane e How Rui dirigiu-se ao público apenas com estas palavras: “por todos vocês, respeito” referindo-se provavelmente a todos os inconvenientes que existiram até aquele momento ser possível.

Este foi um concerto que não trouxe novidades a nível de alinhamento das músicas, tendo sido este o mesmo da Subversion Tour realizada pela banda aquando do lançamento do seu último álbum Visions. No entanto, isso não invalidou que os presentes sentissem a energia e respondessem da mesma forma. No tema Alone, Rui mencionou que este é e sempre será um tema dedicado à sua mãe. Foi em Anjo da Guarda que se fez sentir alguma agitação por parte dos presentes na frente do palco e notou-se que esta é uma banda que consegue agitar mesmo um público aparentemente impassível. Aliás, poderia inclusive acrescentar que o público que esteve a assistir às bandas anteriores a Ramp nem parecia o mesmo, dada a diferença significativa de entusiasmo que se fez sentir. Sempre que Rui perguntava se estavam cansadas o público sempre reagiu e não queria que o concerto terminasse, mas após Through todos os elementos saíram do palco deixando apenas Rui que ainda questionava se os presentes queriam mais. Já com todos de regresso após uma breve ausência e ainda com algumas brincadeiras com o público sobre o tirar ou não a t-shirt de Ricardo Mendonça, assim como Tó Pica que já não tinha a sua, começaram a tocar a sua cover de Walk Like an Egyptian (Bangles).
Rui aproveitou para sair do palco enquanto o duelo de guitarras entre Ricardo e Pica decorria, seguido ainda dum fantástico solo de Paulinho na bateria. Quando voltou ao palco e retomou a parte final desse tema percebeu-se que este seria o último, visto que tiveram de terminar o concerto devido ao adiantado da hora, não terminando como habitualmente com o tema Try Again. Voltaremos a ver Ramp no Rock In Rio Lisboa deste ano.

Set List:
Blind Enchantment
Insane
How
Single Lines
Dawn
The Cold
Clear
Follow You
Myth
Alone
Hallelujah
Anjo da Guarda
Drop Down
All Men Taste Hell
Noone
Come
Thoughts
Black Tie
Through

Encore:
Walk Like an Egyptian (Bangles cover)

Reportagem por: Miriam Mateus
Fotos por: Nádia Dias - http://www.facebook.com/nadiadiasphotography

Vídeo resumo (autoria e todos os direitos : Paradise Garage )


Nota : Recebemos do Paradise Garage a seguinte comunicação "A situação que se passou não teve nada a ver com o Paradise Garage, foi alheia, as bandas é que não tinham as licenças necessárias para tocarem. Apenas isso. A casa não teve nada a ver com o assunto. Aliás nós temos as nossas licenças operacionais."

10/03/2012

Reportagem Forgotten Suns+God Bless Jack@Music Box - 08/03/2012

O Music Box tinha apenas algumas dezenas de pessoas quando a banda God Bless Jack subiram ao palco. Um pouco acanhado o público manteve-se espalhado pelo espaço, mas isso não impediu que a banda fosse puxando pelo público e que fossem interagindo. É uma banda de quatro elementos, com vocalista feminina, que existe há dois anos e têm como ambição conquistar o panorama nacional com melodias e texturas musicais muito próprias. O que pudemos assistir foram temas com bastante groove, alma e mostraram que eram coesos entre si.


Foi às 23h45, já com a sala um pouco mais composta, que os Forgotten Suns começaram a tocar. A banda, composta por cinco elementos, foi fundada no início dos anos 90 e é inclusive uma das mais reconhecidas bandas a nível nacional, no universo progressivo. Abriram o concerto com Flashback, do álbum de 2009 Innergy. Este foi um álbum já gravado com o vocalista actual, Nio Nunes que integrou a banda em 2008. Desta vez praticamente todos os presentes se tinham dirigido para a frente do palco, tornando o espaço bem mais acolhedor para a banda. A envolvência foi imediata, mas havia ainda alguns ajustes de som a fazer que em pouco tempo foram resolvidos. Os temas encheram o espaço com grande profundidade sonora e solos prolongados com óptima execução técnica. Foi após o tema News que Nio, o vocalista, apresentou Ernesto Rodrigues, o teclista, como novo membro da banda. Já não tocavam em Lisboa há 2 anos mas ainda vão ter a oportunidade de voltar a fazê-lo muito em breve, será já no próximo dia 28 de Abril, no Santiago Alquimista. Após esta interacção inicial com o público tocaram The Hill, seguida de Phenotype, ambas do seu último EP Revelations. Sentiu-se ainda mais a envolvência e o feeling das músicas quando perto do fim tocaram Doppelgänger, também esta fazendo parte do último EP e que foi cantada em uníssono com o publico bem familiarizado com o tema. Terminaram com Betrayed.

O concerto para apresentação do novo teclista foi bem sucedido e Ernesto atestou o seu lugar nos Forgotten Suns. Também os presentes ficaram agradados e aclamaram por ele no fim do concerto. Resta agora aguardar pelo novo concerto a realizar-se no final do mês.

SET LIST:

Flashback
Racing The Hours
News
The Hill
Phenotype
Nanoworld
Doppelgänger
Betrayed

Reportagem por: Miriam Mateus
Fotos: Nuno Santos

Mais fotos em:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.361075483915545.82997.202156843140744&type=3

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